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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Magistral

Com os companheiros motards do costume, domingo passado, saí de Vila Nova de Santo André, rumo ao Autódromo Internacional do Algarve em Portimão, pelas sete da matina, para assistir ás corridas, do Campeonato Mundial de Superbikes:
O programa era/ foi o seguinte:
08:00 - 08:10, Warm-up Superstock 1000 (10 minutos).
08:20 - 08:40, Warm-up Superbikes (20 minutos).
08:50 - 09:10, Warm-up Supersport (20 minutos).
09:40 - 10:00, Corrida Superstock 1000 (12 voltas).
11:00 - 11:40, Primeira Corrida Superbikes (22 voltas).
12:25 - Corrida Supersport (20 voltas).
13:30 - Corrida Superstock 600 (10 voltas).
14:30 - Segunda Corrida Superbikes (22 voltas).
Fomos para a bancada “A”, onde o meu amigo “Capitão Espargo” já tinha os lugares reservados. E como já estava tão bem composta. A vista agradeceu.
Levámos farnel suficiente para fazer um “bodo”.
As corridas foram disputadas como esperado: renhidas, impróprias para cardíacos assistirem. Terminaram assim:
Superbikes -
O piloto norte-americano Ben Spies (Yamaha) sagrou-se, pela primeira vez, campeão mundial de Superbikes em motociclismo, após conseguir uma vitória e um quinto lugar nas duas corridas disputadas no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão. Noriyuki Haga (Ducati) caiu na primeira corrida, não pontuou. Na segunda corrida ficou em segundo lugar, não foi suficiente para alcançar o desejado título mundial.
Supersport -
O piloto irlandês Eugene Laverty, da equipa portuguesa Parkalgar Honda, venceu a última corrida da temporada no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, sagrando-se vice-campeão mundial de pilotos em Supersport.
O piloto da Parkalgar Honda tinha de vencer e aguardar que Crutchlow não se classificasse entre os 10 primeiros. O britânico terminou em quarto e arrebatou o título de campeão do Mundo, com mais sete pontos do que Laverty.
Superstock 1000 -
O título mundial de Superstock 1000 já estava atribuído ao belga Xavier Simeon.
Superstock 600 -
A corrida do Campeonato da Europa de Superstock 600, onde pontificam as jovens estrelas do futuro, foi, como é habitual, das mais animadas. O mesmo acontece nas 125 no mundial de MotoGP. O britânico Gino Rea sagrou-se campeão por apenas um ponto, para o que lhe bastou o 3º posto atrás de Marco Bussolitti e Vincent Lonbois, e estes pilotos, os três primeiros do campeonato ficaram separados por apenas três pontos.
Foi um Domingo bem passado, memorável.
Mas a alegria maior, foi saber que aos trinta anos, 13 de competição ao mais alto nível, o meu ídolo Valentino Rossi, continua a demonstrar que é um piloto à parte no motociclismo mundial, a conquista do nono título mundial, o sétimo na categoria rainha, confirma-o.
No mesmo circuito que apadrinhou a sua estreia em provas do Mundial de motociclismo, há 13 anos, Valentino Rossi festejou o seu sétimo título mundial de MotoGP - depois de também ter sido coroado nas classes de 125 (1997), e 250 (1999). Na altura contava com a irreverência e a força dos 17 anos. Hoje, é a experiência dos 30 anos que permite ao " IL DOTTORE" (alcunha que qualifica a qualidade da sua condução) controlar os adversários, todos eles um par de anos mais novos, que ameaçam roubar-lhe o estatuto de campeão. Foi o que aconteceu, domingo, na Malásia, quando Valentino Rossi, (Yamaha) que apenas necessitava de acabar no quarto lugar para garantir o título, acabou a corrida em terceiro. Casey Stoner (Ducati) foi o vencedor e o espanhol Daniel Pedrosa (Honda) subiu ao segundo lugar do pódio de uma prova que começou com um atraso de 35 minutos devido à forte chuva que caiu.
E a alusão às vantagens da maturidade, mediatismo, popularidade... devem-se também à simpatia e irreverência na forma como festeja as vitórias, as quais não se coíbe de exibir publicamente, como aconteceu, esta época, em San Marino - ganhou e subiu ao pódio com orelhas de burro. Rossi quis justificar o erro que cometeu no GP Estados Unidos e que lhe tirou o triunfo, Antes, tinha corrido com o burro Shrek estampado no capacete. O talento de Rossi tem a mesma dimensão das suas excentricidades. Algo que ficou bem evidente e exposto na camisola que envergou no final da corrida de domingo, em Sepang, com a ilustração de uma galinha em idade avançada acompanhada pela magistral frase "Galinha velha faz boa canja". Pouco depois, o divertido piloto explicou: "Em Itália, diz-se que as galinhas velhas dão boas sopas, mas já não põem ovos. Eu, aos 30 anos, sou como as galinhas velhas, mas ainda ponho ovos: é o nono", brincou Rossi.
Rossi tem mais oito anos que Jorge Lorenzo e mais seis que Casey Stoner e Dani Pedrosa, os principais rivais. Nada que assuste o italiano, cujo objectivo, domingo publicamente assumido, é o de chegar a novo título na prova rainha do motociclismo. O que a acontecer superaria o recorde de oito mundiais ganhos pelo seu compatriota Giacomo Agostini.
Vamos a isso Rossi. Vamos ao Décimo título. Dá-me essa alegria.
Zé Morgas

1 comentário:

  1. Zé,
    Eu cá de motas só aprecio mesmo uma pequenina Yamaha de 50 cm3 para as minhas voltas aqui na zona. Vou, num instante, a Setúbal, a Palmela, ao Pinhal Novo. Amora o local mais longe onde já fui nela. Numa scooter 125 ia a Lisboa, de vez em quando, mas agora só nesta, bem mansinha, a que chamo de "a minha burrinha". E ela não se ofende. Quase nunca vai à frente, quase nunca fica p´ra trás.
    Ontem, almocei no restaurante do jardim, em Penamacor. Francamente, o cabrito no forno não estava de deixar p´ra trás, mas há ali uma falta de profissionalismo, que salta aos olhos. Penso não voltar lá. Depois, os que ali me levaram, arrependeram-se de não termos ido ao "Quartel". Aqui, já lá fora de outra vez e era a minha sugestão. Para mais perto e porque é a nossa terra... Se nós não ajudarmos, quem o fará? Mas os interesssados e beneficiários do negócio também têm de fazer alguma coisa...
    Não desgostei do Jardim da República. Só aquele inox me ficou atravessado. O que é este "metal" tem a ver coma nossa Vila? Tirei uma fotos - lindas, por acaso - e vou também escrever, quando tiver tampo e me der na gana, até porque já arranjei vários temas para tratar, desde o abandono dos campos que observei nos cerca de 300 kms de viagem - grande parte pela "estrada velha", por Couço e Montargil - até o ouvir da Banda da minha Aldeia. O que sempre aprecio, de maneira especial.
    Abração.

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