Zé Morgas
Um olhar atento sobre a terra que me viu nascer. As minhas viagens. Estados da Alma. Coisas boas da vida.
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terça-feira, 21 de fevereiro de 2023
Contos carnavalescos cutileiros
Faltavam dez para as onze
Na treva noite, o sol raiava
Quando muito longe, ali perto
Se viu um jovem ancião, nu, com as mãos nos bolsos das calças
Com uma navalha, na algibeira do casaco
Sentado num banco de pau, feito de pedra
Lendo um jornal dobrado, sem letras
À sombra de um luzente candeeiro, apagado
Muito calado, berrando assim exclamava:
Pode o mar dar, estrelinhas brilhando
E o céu dar, peixinhos nadando
Que Romeu, para todos vós, senhoras e senhores
Sabe apenas que passou, um belo dia, nessa noite.
Romeu Cutileiro, desde há algum tempo na condição de técnico superior de nada fazer, gosta por diversão e paixão cutileira, de introduzir umas moeditas numas ranhuras, que rodado um manípulo espoletam à saída umas bolitas ovais com brindes...
No interior de um bar, local onde, ao findar de tarde, se observa o sol, beijando o oceano, a esconder-se na linha do firmamento, com desejo em pensamento em determinado brinde, arriscou a sorte com um tiro moedeiro no escuro.
Correspondeu o algarismo saído, ao desejo de Romeu Cutileiro.
Mas por má sina, o brinde dado não correspondia ao pretendido, e ao anunciado em cartaz.
Logro!
Jogou para lebre anunciada e saiu gato dado.
Propôs Romeu Cutileiro aos responsáveis pala exploração da máquina de cápsulas como solução, uma troca por outro brinde, de idêntico valor, que não possuia na sua vasta colecção.
Nem pensar em tal solução, foi o que ouviu.
Estampado com o desgosto no rosto, e um encolher de ombros, lá se acomodou.
Mas algo foi germinando na cabeça de Romeu Cutileiro.
Alinhavou mentalmente umas linhas, passadas a papel, e mostrou o esboço a um responsável pela exploração da máquina, que o leu.
OH Deus meu!
O que então sucedeu!
Telefonemas entre pares, a horas pouco convenientes em tempo de deita, conversas, preocupações, soube lá Romeu Cutileiro que mais...
Romeu Cutileiro não escapou.
Acordado pela manhã do dia seguinte, cedo, a horas pouco decentes para um técnico superior de nada fazer, ao som do toque do télemóvel, sem saber quem do outro lado estava, e pasme-se, até atendeu.
Era o fornecedor das máquinas em exploração no espaço onde Romeu Cutileiro estivera.
Ouviu com atenção tudo o que lhe foi dito. Informou a realidade dos factos passados.
O fornecedor numa pura atitude de desconsideração e com rasgos economicistas de visar sobretudo os aspectos económicos, o seu lucro, ouviu Romeu Cutileiro do proprietário da maquina uma argumentação que no final levava à mesma solução proposta aos responsáveis exploradores, que com afinco tão empetuosa e veemente rejeitaram.
Ficou depois a promessa da resolução dos casos.
Palavras para ouvidos moucos, e escrita para visões perturbadas ou cegas.
Para Romeu Cutileiro já não há pachorra nem capacidade de tolerar contrariedades que resistam.
veritas et iustitia opus
quarta-feira, 5 de outubro de 2022
Cutelaria Sportinguista
quarta-feira, 28 de setembro de 2022
Lembrança Motard
Caros
Companheiros Motards
O tempo pode apagar as lembranças de um
rosto, mas nunca apagará lembranças de pessoas que fizeram de
pequenos instantes, grandes momentos.
Sabeis todos vós, tal como
eu, que a parte mais doce da vida são as lembranças, mesmo as
pequenas lembranças, porque existe na lembrança um doce gosto de um
colorido existencial, que de facto existiu.
As lembranças são
cicatrizes que perdurarão no tempo, e na vida de quem as
recebe.
Assim, não vos deis ao luxo de perder a soberana
oportunidade de deixar em lembrança aos filhos, filhas, netos, netas
ou outros entes queridos, uma navalha alusiva à vossa icónica
paixão pelas Motos, pelas simples coisas da vida, passeios
gastronómicos, e a vida de liberdade a que a tua Moto te
transporta.
Perpetuai na memória futura dos Vossos que amais, com
a simples oferta de tão singela lembrança, um conjunto de navalhas
de Palaçoulo, timbradas, “Grupo Motard De Vila Nova de Santo
André”.
A oferta é muito reduzida, apenas 4 conjuntos composto
por 3 navalhas:
1 - ELLEGANCE MOTARD M
Navalha intemporal, fabricada em Palaçoulo, Portugal, punho em madeira de Carrasco, gravado, e com lâmina em aço inox [420 Mova].
Observai o elevado requinte gráfico aplicado na lâmina, rasto de um pneu de Moto, galeirão, Costa Alentejana :: Portugal
Comprimento da lâmina – 80 mm
Dotada
com sistema de bloqueio giratório de lâmina, “Giroblock”.
Integra
a linha “premium” da marca MARTINS Palaçoulo.
Este produto, distingue-se pela sua elegância e robustez bem como pela nobreza dos materiais e qualidade nos acabamentos.
2 – NAVALHA TRANSMONTANA
Navalha de silhueta simples, punho em madeira de Faia, gravado, e com lâmina em aço inox [420]
Comprimento da lâmina: 85 mm
Este produto prima pela simplicidade e versatilidade no uso casual ou intensivo.
3 – NAVALHA DE FACA E GARFO LISA
Navalha
tradicional, de origem agrícola, punho em madeira de Faia, gravado,
com lâmina em aço inox [420] e garfo articulado.
Comprimento da
lâmina: 66 mm
Pronunciem-se
os interessados em adquirir um conjunto pelo modesto valor de uma
notinha de 50 €uroses.
Cordiais
Saudações Motards
Boas curvas
Zé Morgas
Cutelaria Motard
Caros Motards
E demais colecionadores da pura cutelaria PalaçoulianaNão me perguntem porque sempre desejei ter uma navalha assim.
Para quem me entende e compreende, nenhuma explicação é necessária.
Para os que não me entendem, nem me compreendem, nenhuma explicação é possível.
Assim, ponho ao dispor de quem o deseje, uma magnífica Navalha, fabricada na afamada Cutelaria Martins, em Palaçoulo.
Navalha contemporânea, personalizada:
GRUPO MOTARD DE
VILA NOVA DE SANTO ANDRÉ.
COSTA ALENTEJANA :: PORTUGAL
Modelo Glamour Motard L, com lâmina de 95mm em aço inox [420 Mova], observai o elevado requinte gráfico aplicado na lamina, com bloqueio, punho em madeira de Bubinga, e bolsa de transporte em pele, preta.
Possuir uma Navalha do
GRUPO MOTARD DE VILA NOVA DE SANTO ANDRÉ.
COSTA ALENTEJANA :: PORTUGAL,
É tão somente ter nas mãos um pedaço da história de VILA NOVA DE SANTO ANDRÉ, este aprazível e agradável cantinho do Litoral Alentejano, à beira mar plantado.
Custo de aquisição do exemplar miminho:
50 €rodas.
quarta-feira, 3 de outubro de 2018
PRÉMIO PATRULHA
Pedro Paulo Pereira Pinto Putricas, pequeno pintor português, por Penamacor parido, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Peroviseu, pintou prateleiras para poder progredir.
Posteriormente, partiu para Peso. Pernoitando, prosseguiu para Pampilhosa, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo, pároco pampilhosense pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas.
Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Porto para pedir permissão para Papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, Papai Putricas, Paris.
Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo Putricas precaver-se.
Profundas privações passou Pedro Paulo Putricas. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo Putricas... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo.
Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir
Profundamente pálido, perfez parte percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio Pinto Putricas, puxando-o pelo pescoço proferiu:
Pegando Pedro Paulo Putricas pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo Putricas para praticar profissão perfeita: Pedreiro! Partir pedra prontamente.
Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontiagudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito.
Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo Putricas. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos.
Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar...