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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Carta Aberta XXIII - Sr. Presidente C.M.Penamacor

Sr. Presidente
Os meus piores receios confirmaram-se.
As metástases do colossal mamarracho do Sumagral ramificaram-se:
Pariram uma armadilha fatídica, que sinalizaram como Lomba, a juzante do acesso à Escadaria de Santo António.
Os milhares de lombas que já vi por esse País e Mundo fora, são sempre a montante das passadeiras, ocupando algumas de facto, a largura de toda a via.
Sr. Presidente
Há momentos em que por vezes me deixo embeber em pensamentos teológico católicos e tento descobrir se a razão apanho, como mentes ditas sábias, idealizam, planeiam e mandam executar obras desse tipo, baseadas no princípio da geometria de esquina viva. Presumo que a ideia seja a de tentar controlar o abusivo trânsito nessa ultra movimentada artéria de Penamacor. Acredito que o avolumar das queixas apresentadas nessa Câmara e na sede da Junta de Freguesia, aí tão perto, tenham ditado tal solução.
Durante a minha recente estadia em Penamacor, galguei esse obstáculo de carro por uma meia dúzia de vezes, e sempre a vociferar um chorrilho de impropérios verbais que não me permito aqui recordar.
Recordo sim, o nome que ouvi pronunciar a um taxista Amigo em S. Salvador da Baía no Brasil a essas terríveis armadilhas: “Quebra Molas”.
Sr. Presidente
É conhecida a minha paixão pelas duas rodas.
Essa Lomba é “canja” para uma qualquer Mota trialeira, de enduro, de cross.
Contudo, para uma “R”, uma “RR”, uma “GTR” é uma armadilha ardilosamente montada, que pode ser fatal para o condutor. Passada a roda da frente, a altura da lomba serve de batente à Quilha, o que inevitavelmente origina “levá-la ao tapete”.
Qualquer pequeno conserto dos “plásticos” é sempre uma pequena fortuna.
Gastei na aquisição da minha paixão mais de “duzentos centos de “€uroses”, tornar-se-ia uma chaga jamais sanável na minha Alma o que uma armadilha assim parida pode causar.
Sr. Presidente
Sou um cidadão trabalhador, pago sempre os meus impostos atempadamente;
Nada devo ao Fisco nem à Segurança Social.
Não mereço ser mimoseado, tal como todos os meus companheiros motociclistas, com um presente tão envenenado.
Concordo até que se faça uma passadeira pedonal no local, à largura de toda a via, para disciplinar o transito e aumentar a segurança da travessia dos peões, elevada em relação à via, mas com generosa largura e ângulos de ataque na subida e descida adequados, que impeçam a suspensão das viaturas pelo chassis ou pelas longarinas, tornando-se assim também, menos perigosa para os veículos de duas rodas.
Sr. Presidente
Entristeceu-me ver as “camionetas” da Rodoviária da Beira Interior estacionadas em cima da faixa de rodagem. O parque de estacionamento é muito limitado.
Em 28 de Fevereiro do ido ano de 2002, vi no Café Central umas folhas A4 a apelar à formulação de sugestões e apresentação de informações com vista à revisão do P.D.M. de Penamacor. Nas instalações da D.O.S.U. apresentei quatro ideias, A "Pensar Penamacor 2020" que ficaram registadas e arquivadas.
A 3ª teria resolvido esse problema:
Um terminal rodoviário subterrâneo, sob o “Pátio das Laranjeiras”.
Apenas por curiosidade e sem me preocupar com a paternidade da ideia, a 4ª está feita:
O parque de estacionamento frente à Biblioteca Municipal.
Sr. Presidente
Li há uns meses atrás um artigo de opinião sobre a transformação da cidade de Castelo Branco sob a governação do Presidente Joaquim Morão. Com a devida vénia permito-me aqui divulgar o nome do autor e do jornal: José Lagiosa, Povo da Beira, 22 de Março de 2011. Uma prosa de gratidão à magnifica gestão autárquica desenvolvida.
Sinto inveja de não poder fazer o mesmo à equipa que dirige a gestão autárquica do meu Concelho.
Parabéns pelo nascimento de mais uma perigosa e “mamarrachal” Lomba.
Atenciosamente
Zé Morgas

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