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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Andaluzia

Lá fora está a chover, que maravilha, ouço as bátegas a bater nas janelas, e interrogo-me se sexta-feira choverá também. Isto, porque sexta-feira, pelas 8h e 30m, parto de mota rumo a Córdoba, na Andaluzia, para mais um dos meus passeios moto turísticos. Por certo o último grande passeio deste ano. Na incerteza do estado do tempo, mais não me resta que preparar todo o equipamento de chuva. Se necessário, apenas tenho que o vestir. Venha chuva que boa falta faz. Os campos agradecem, nós também.
Córdoba é uma cidade média, com um núcleo antigo que foi declarado Património da Humanidade pela Unesco. "Descobri-la-ei" e dela falarei.
Domingo, no regresso, jantarei em Sevilha, cidade que já visitei por várias vezes, e onde quero assistir a um show de dança e canto, de sevilhanas e flamenco. É um espectáculo fabuloso. Dormirei em Sevilha, aliás o hotel já está reservado e pago, tal como em Córdoba.
Segunda-feira estarei de volta a Santo André para quarta-feira viajar de novo, de carro, até Penamacor, no gozo de mais uma merecida folga. Dia 5 de Dezembro, sábado, espera-me uma jantarada com os nascidos em 61 do século passado. Fui um dos mentores da ideia de realizar uma jantarada convívio anual. Ironia do destino, por motivos inadiáveis e alheios à minha vontade, faltei o ano passado. Este ano, não posso, não quero faltar.
Quero viver todos estes pequenos, mas belos momentos da vida.
Zé Morgas

terça-feira, 10 de novembro de 2009

1ª Vez

Foi no Domingo. Passava um pouco das nove horas e lá partiu o grupo, de mota, rumo a Portimão. Ficou em terra um companheiro do núcleo duro, o P. C., este sportinguista, uma deslocação da retina a isso o obrigou. Aqui lhe deixo expresso, o desejo das rápidas melhoras. Como de costume o percurso estava traçado por estradas secundárias. O prazer da condução é outro, e mais, por essas estradas de montanha ainda se respira aquele ar silvestre tão saudável, tão do meu agrado. Em Odemira, foi o percurso alterado, uma pendura, começou a sentir dores nas costas, seguimos por estrada mais suave.
Chegados a Portimão, fomos visitar o museu, instalado na antiga fábrica de conservas Feu. Vale a pena a visita. Mais, está patente até 3 de Janeiro de 2010, uma exposição subordinada ao tema "As carrinhas de Portimão".
Terminada a visita dirigiu-se o grupo para o restaurante “O Ténis”. Cada qual escolheu o que mais lhe agradou. Resolvi fazer uma “vaquinha” com um companheiro do asfalto, optámos por uma feijoada de lingueirão e uma massada de peixe. E porque há sempre alguém, mesmo que as doses por vezes nem sempre tenham a quantidade desejada, a quem sobra sempre um pouco. Soterrámos a massada e a feijoada com uns secretos de porco preto, tudo regado com um tintinho agradável. Nas sobremesas, e sem ser muito guloso, ainda arranjei um espaçozinho para um D. Rodrigo e um Morgado da Serra. Tanto doce! …carências?, interrogar-se-ia a minha saudosa avozinha.
Para “matar” o doce, um café e dois medronhos da serra do Marmelete. O medronho tinha um travo a figo.
E, porque enquanto se come também se pode falar, ultimaram os interessados os pormenores da próxima viagem, a realizar já nos dias 27, 28, 29 e 30 do corrente mês, a Córdoba, Espanha.
Ficou assente que no regresso, a noite de 29 para 30 é passada em Sevilha, jantar com espectáculo de sevilhanas.
Ficou igualmente alinhavado o grande passeio do próximo ano, lá para o mês de Junho: sul de França. Andorra, travessia dos Pirinéus, visita ao Santuário de Lourdes, e outros locais...
Pretende o grupo fazer o baptismo no TGV, no trajecto de ida, entre Sevilha e Barcelona. Vamos saber se é possível transportar as motas no TGV. Aproveitaremos a estadia dia 30 em Sevilha, para obter informações.
Para terminar o passeio de Domingo a Portimão em beleza, quis o destino que se soltasse o elo de ligação da corrente da minha mota. Fiquei sem transmissão na Via do Infante, antes de Bensafrim. Pela primeira vez, (como na vida, há sempre uma primeira vez para tudo, até no amor) accionei a assistência em viagem. Com alguma demora perfeitamente justificada, o trato foi de qualidade. Vim de táxi até V. N. Santo André, aguardo apenas a chegada da mota, para ser reparada. Hoje mesmo tratei de encomendar o material necessário. Córdoba e Sevilha esperam-me, como me espera já este sábado, um faustoso banquete de enguias da Lagoa de Santo André.
Chorarei os faltosos.
Há que dar vida aos anos, morrer, mas farto.
Zé Morgas