O prometido é devido.
Vale mais tarde que nunca.
Permita-me Professor Serrano que comece com dois populares adágios, para lhe agradecer a forma com fui recebido lá para os lados de Palmela.
Foi um dia bem passado, que ainda por cima terminou com o meu Benfica a vencer o seu Sporting, no tradicional derby Lisboeta.
Tinha-lhe prometido que lhe retribuiria a visita e isso cumpri, já lhe deveria ter agradecido a companhia daqueles momentos, não o fiz, não por esquecimento, mas porque, tive o tempo até agora sempre ocupado, e nem sempre da melhor forma, também o sei. E de certeza que o Professor já adivinhou do que falo.
Recordará ainda, quando circulávamos entre a Volta da Pedra e Palmela lhe ter dito que muitas foram as noites que por ali “vivi” na Sorte do Azar. Disse-me nunca ter reparado naquele nome.
Vale mais tarde que nunca.
Permita-me Professor Serrano que comece com dois populares adágios, para lhe agradecer a forma com fui recebido lá para os lados de Palmela.
Foi um dia bem passado, que ainda por cima terminou com o meu Benfica a vencer o seu Sporting, no tradicional derby Lisboeta.
Tinha-lhe prometido que lhe retribuiria a visita e isso cumpri, já lhe deveria ter agradecido a companhia daqueles momentos, não o fiz, não por esquecimento, mas porque, tive o tempo até agora sempre ocupado, e nem sempre da melhor forma, também o sei. E de certeza que o Professor já adivinhou do que falo.
Recordará ainda, quando circulávamos entre a Volta da Pedra e Palmela lhe ter dito que muitas foram as noites que por ali “vivi” na Sorte do Azar. Disse-me nunca ter reparado naquele nome.
Naquelas loucas noites de outrora, eu ia lá parar de olhos vendados. Para bom entendedor, meia palavra basta.
Durante a viagem de regresso, várias foram as vezes que me invadiram o pensamento, as suas palavras e a imagem de preocupação que lhe notei durante o almoço, pelo facto de, no prato escolhido, uma grelhada mista, ter sido servida carne de peru. Disse o empregado de mesa, que tal sucedeu, por na altura não terem umas fatias de entremeada para compor a travessa.
Sei que ficou um pouco aborrecido pelo facto de o restaurante “Tia Isilda” estar fechado nesse dia. Escolheu então o “Retiro Azul”, e que de boa fama também goza.
Mas, sabe o Professor, que, quem anda à chuva molha-se.
Há mais de trinta anos, que como fora, cozinhar nunca foi uma opção minha, ainda chegam os dedos das mãos para contar as vezes que cozinhei e comi em casa. Já muitas vezes, levei grandes barretes, e em locais onde não supunha levá-los. Por isso Professor, não se martirize por um acto do qual não é responsável. Tenho a certeza absoluta e inabalável, que ao eleger aquele restaurante, o fez, na mais firme e pura convicção que seria a melhor escolha no momento e no local.
Luxos e mordomias, todos gostamos, mas fique sabendo que para mim, e mais importante que a comida, o almoço podia ter sido uma simples latinha de atum com cebola, e um tintol, que se exige sempre de qualidade, era estar ali com um Homem, Alguém que foi meu Professor no já ido ano de 1971 do século passado, na Escola Primária em Penamacor, e por quem nutro a maior estima, a falar das mais variadas coisas da vida, mas acima de tudo, que ainda recordo com a maior felicidade, o Excelente profissional, com todas as qualidades que o fizeram tão especial junto dos garotos da minha geração em Penamacor, que o Sr., instruiu, formou e ajudou a educar.
A conversar, lhe ouvi durante o almoço, ao falar de blogues, que escreve bem quem muito lê, com mágoa lhe digo, que há muitos anos não leio um livro. As poucas palavras que vou escrevendo, sem grandes regras nem técnicas, coisas que não domino, são mais um reflexo do que me vai na alma, e sómente isso consigo fazer, porque as minhas bases aprendidas na Escola Primária, foram demasiado fortes. O Sr. Professor Serrano, é um dos sólidos pilares dessa base.
Memória dos tempos em que o Professor era uma Autoridade.
E porque hoje é dia 20 de Abril, gostava de aqui partilhar com o Professor Serrano e o Anselmo Cunha, o primeiro aniversário deste meu blogue.
Foi o Anselmo que comigo insistiu, ao ler o meu trecho "Crime no Quartel", para criar um blogue e escrever “os meus relatos” das minhas viagens.
Aproveito para deixar desde já o convite a ambos, para uma almoçarada em Deixa o Resto, um rodízio de porco preto, também pode meter enguias se as houver, na altura em que habitualmente o Anselmo por aqui passa férias. Igualmente farei chegar o convite aos faltosos das rondas anteriores, assim que tenha a indicação da data. Desta vez exige-se a presença de todas e todos, para um magno banquete.
Durante a viagem de regresso, várias foram as vezes que me invadiram o pensamento, as suas palavras e a imagem de preocupação que lhe notei durante o almoço, pelo facto de, no prato escolhido, uma grelhada mista, ter sido servida carne de peru. Disse o empregado de mesa, que tal sucedeu, por na altura não terem umas fatias de entremeada para compor a travessa.
Sei que ficou um pouco aborrecido pelo facto de o restaurante “Tia Isilda” estar fechado nesse dia. Escolheu então o “Retiro Azul”, e que de boa fama também goza.
Mas, sabe o Professor, que, quem anda à chuva molha-se.
Há mais de trinta anos, que como fora, cozinhar nunca foi uma opção minha, ainda chegam os dedos das mãos para contar as vezes que cozinhei e comi em casa. Já muitas vezes, levei grandes barretes, e em locais onde não supunha levá-los. Por isso Professor, não se martirize por um acto do qual não é responsável. Tenho a certeza absoluta e inabalável, que ao eleger aquele restaurante, o fez, na mais firme e pura convicção que seria a melhor escolha no momento e no local.
Luxos e mordomias, todos gostamos, mas fique sabendo que para mim, e mais importante que a comida, o almoço podia ter sido uma simples latinha de atum com cebola, e um tintol, que se exige sempre de qualidade, era estar ali com um Homem, Alguém que foi meu Professor no já ido ano de 1971 do século passado, na Escola Primária em Penamacor, e por quem nutro a maior estima, a falar das mais variadas coisas da vida, mas acima de tudo, que ainda recordo com a maior felicidade, o Excelente profissional, com todas as qualidades que o fizeram tão especial junto dos garotos da minha geração em Penamacor, que o Sr., instruiu, formou e ajudou a educar.
A conversar, lhe ouvi durante o almoço, ao falar de blogues, que escreve bem quem muito lê, com mágoa lhe digo, que há muitos anos não leio um livro. As poucas palavras que vou escrevendo, sem grandes regras nem técnicas, coisas que não domino, são mais um reflexo do que me vai na alma, e sómente isso consigo fazer, porque as minhas bases aprendidas na Escola Primária, foram demasiado fortes. O Sr. Professor Serrano, é um dos sólidos pilares dessa base.
Memória dos tempos em que o Professor era uma Autoridade.
E porque hoje é dia 20 de Abril, gostava de aqui partilhar com o Professor Serrano e o Anselmo Cunha, o primeiro aniversário deste meu blogue.
Foi o Anselmo que comigo insistiu, ao ler o meu trecho "Crime no Quartel", para criar um blogue e escrever “os meus relatos” das minhas viagens.
Aproveito para deixar desde já o convite a ambos, para uma almoçarada em Deixa o Resto, um rodízio de porco preto, também pode meter enguias se as houver, na altura em que habitualmente o Anselmo por aqui passa férias. Igualmente farei chegar o convite aos faltosos das rondas anteriores, assim que tenha a indicação da data. Desta vez exige-se a presença de todas e todos, para um magno banquete.
Para terminar Professor Serrano, recordo que quando entrei no seu carro, depois de deixar o meu no estacionamento do Modelo, tinha o Professor uma surpresa preparada para mim: uma música dedicada a Penamacor, que de pronto lhe disse desconhecer.
Na hora, não da despedida, mas no Até Breve, voltar-nos-emos a ver, tinha já percorrido uns bons metros, fez-me o Professor um aceno para parar, e ofertar-me o CD, Canções à Beira Terra, de Arlindo de Carvalho.
Já tem lugar de destaque cá em casa.
Aqui fica expresso, na forma mais simples e mais sincera, o meu eterno
Obrigado Professor
Na hora, não da despedida, mas no Até Breve, voltar-nos-emos a ver, tinha já percorrido uns bons metros, fez-me o Professor um aceno para parar, e ofertar-me o CD, Canções à Beira Terra, de Arlindo de Carvalho.
Já tem lugar de destaque cá em casa.
Aqui fica expresso, na forma mais simples e mais sincera, o meu eterno
Obrigado Professor
António De Almeida Serrano
Com um Abração Amigo
Zé Morgas
Ps:
Com a devida vénia sabe o Prof. onde "roubei" esta foto, e desde já sei estar perdoado.
Com um Abração Amigo
Zé Morgas
Ps:
Com a devida vénia sabe o Prof. onde "roubei" esta foto, e desde já sei estar perdoado.
Podes reservar: rodízio de porco preto e tinto de uva.
ResponderEliminar(toma nota a mensagem que te enviei via facebook, antes de ler este texto).
Um abraço
Zé, meu querido Amigo,
ResponderEliminarDisseste tudo, com os exageros de um grande e generoso coração e uma coragem sem limites, completados com uma franqueza que nos deixa, por vezes, "desarmados".
Quando me chamaste a atenção, lá na Volta da Pedra, para a casa onde tu "ias parar de olhos fechados" fiquei sem fala, pois quase me envergonhei de te dizer que "nunca" tinha reparado nela.
Depois, passámos uma boa parte do dia em diálogo franco, aberto, divertido. A tua simplicidade aparente é solidamente construída na escola da vida, o "saber de experiência feito" de que fala o Grande Poeta, e consegues dar-nos conta das tuas vivências com sentimento e objectividade, aliados a uma arte inata para o escreveres.
O bem que dizes de mim não é merecido, na medida em que o professor que conheceste estava "em construção". Felizmente, com muitas ajudas, consegui crescer com os muitos e bons alunos que, como tu, me ajudaram a honrar-me, profissionamente, em primeiro lugar, a mim próprio. Depois à minha Família e à Terra que me viu nascer. Também àquela onde me fiz professor, a sério...
Do almoço disseste tudo. Naquele do "até breve", por aqui, a estratégia será diferente. De certeza... com melhor resultado. Para este, abandonei-a, na véspera.Depois... lamentei-o.
Receber-te na minha Casa foi o melhor momento do tempo que passámos juntos e aqui serás sempre benvindo.