Sr. Presidente
Nunca, mas nunca como hoje senti tanta inveja ao ler um artigo em destaque num jornal.
Falo do artigo publicado no Jornal Reconquista, de 17 de Janeiro de 2013, na página 4 com o título: “Muralha volta a abraçar a cidade”, que Vª Exª, obrigatoriamente deveria ler e atentamente olhar com olhos de ver, as fotos publicadas.
Já em anteriores Cartas Abertas abordei a necessidade da autarquia de Penamacor, elaborar um projecto para requalificar, adquirir e recuperar tudo aquilo que pode ser uma mais valia em termos de património e de turismo, não só em Penamacor como em todas as freguesias do concelho, há muitos polos importantes de excelente qualidade de atracção turística, e de devolver ao povo e aos visitantes, pedaços da história escondidos pelo tempo e pelas casas que se foram construindo, falo particularmente dos baluartes de Penamacor.
Sr. Presidente
Aproveitando a liberdade que a escrita me dá para me lamentar do esbanjamento que foi feito, aos cofres da autarquia que tudo terão, menos a abarrotar de dinheiro, já o escrevi e volto a fazê-lo, em obras mamarrachais: Sumagral, Auto-estrada Escola Ribeiro Sanches - Rotunda da Senhora dos Caminhos, (para quando a colocação de um pórtico de cobrança automático de portagens?), projecto inacabado da rotunda das aldeias, o muro da Vergonha, Selva da Republica, intervenção do tipo substituir pedras velhas em bom estado por pedras novas de qualidade duvidosa, que serão futuramente um pesado fardo em despesas de manutenção.
Sr. Presidente
Rói-me a inveja de não ter em Penamacor um Presidente ao leme da Câmara Municipal com a elevada e distinta categoria do Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, o Presidente Joaquim Morão, um Homem que merece de todos os cidadãos uma respeitosa homenagem pelas profundas e harmoniosas transformações que têm operado na cidade.
Até há cerca de duas dezenas de anos atrás, Castelo Branco era uma cidade medieval, cinzenta, triste, sem infra-estruturas dignas de uma capital de distrito
Na última década e meia sob a governação do Presidente Joaquim Morão, de ano para ano a cidade tornou-se mais acolhedora, progressiva, e visualmente agradável.
Castelo Branco hoje é uma Cidade Moderna, onde é bom viver.
Sr. Presidente
Resta-me esperança, que em ano de eleições autárquicas, sabendo que o futuro depende das escolhas que são feitas no presente, o povo do concelho de Penamacor merecedor de um futuro mais risonho não se deixe enganar pelas aparências do passado.
Com mágoa, tristemente orgulho-me de não ter votado no suporte político dessa gestão autárquica.
Igualmente tenho a esperança, que aqueles que nos últimos mandatos tiveram as rédeas da governação, em actos de quase pura diversão, todos sem excepção, prezando a honestidade mental, saiam de cena e de cabeça erguida, para não ficarem enormemente conotados e envergonhados por um concelho velho, em vias de desertificação acelerada, e sem qualquer estratégia ou perspectiva de futuro.
Zé Morgas
Um olhar atento sobre a terra que me viu nascer. As minhas viagens. Estados da Alma. Coisas boas da vida.
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sábado, 19 de janeiro de 2013
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Azenha do Mar
Terminar o ano de 2012 sem a despedida
com um passeio de mota em Dezembro era coisa impensável.
Encarregue o Nosso Grande Comandante de
“descobrir” um dia sem chuva no final do ano, com
doutas palavras enviadas por e-mail a seguir ao Natal, sentenciou:
- Domingo, dia 30 não chove.
- Domingo, dia 30 não chove.
Escolhido para degustação o
restaurante “Azenha do Mar”, que se situa na bela aldeia à beira
mar com o mesmo nome e que se evidencia pela sua atmosfera
descontraída e simplista.
O ponto de encontro para partida, mais
um vez foi em Sines na pastelaria "Os Galegos".
Ali ficou decidido que a concentração e partida para o próximo passeio será em Santiago do Cacém na cervejaria “Covas”.
Ali ficou decidido que a concentração e partida para o próximo passeio será em Santiago do Cacém na cervejaria “Covas”.
A acompanhar o Capitão Espargo
apresentaram-se dois estreantes companheiros nestes passeios
gastronómicos, dois Zés, com duas poderosas Ducati Diavel.
Com mota nova, Aprilia Shiver 750 se apresentou também o M.V., ausência notada nos últimos passeios.
Com mota nova, Aprilia Shiver 750 se apresentou também o M.V., ausência notada nos últimos passeios.
Definido o trajecto de ida:
Sines, Cercal, Colos, atalho por
estrada municipal, rumo à nacional 263, Relíquias, Bemposta,
Odemira. Paragem para um cafézinho no restaurante “O Tarro”.
Intrigado em saber o porquê do Homem do
Caminhão Tir ter parado em Colos e mandado seguir algumas motas
que vinham atrás dele, perguntei-lhe a razão. Com espanto ouvi que
o cheiro a gasolina saído dos escapes da Fj 1200 do Capitão Espargo lhe incomodavam
as narinas. Veio-me à memória os lamentos ouvidos ao Q.F., que
tantas vezes se queixou que a minha saudosa Suzuki lhe perturbava a
concentração na condução pelo excesso de cheiro a óleo queimado
que o escapa emanava.
-Oh!!! Q.F., volta rápido à companhia do
grupo e aos passeios, precisamos das tuas hilarintes histórias e
justificações. Ou voltas, ou pelo sucedido rápido serás
destronado!
Tempo ainda para o P.C fazer um telefonema para o
restaurante, que pouco adianta, já que não fazem reservas.
Procurado por pessoas de todo o país,o restaurante distingue-se
pelas intermináveis filas de espera e pela qualidade dos seus
pratos. Os preços baixos, o marisco e peixes frescos apanhados mesmo
ali ao lado, garantem casa cheia todos os dias
Brejão, Azenha do Mar.
Esta pequena aldeia alentejana
piscatória situada na esplendorosa costa vicentina, onde a
serenidade e o magnetismo que a envolvem delicia e apaixona
qualquer pessoa é um perfeito escape ao alcance de todos. Rodeada
por uma terra muito fértil onde existem inúmeros campos agrícolas,
é vizinha de belas praias arenosas, como a praia
do Carvalhal ou a praia
da Amália, onde a fadista Amália Rodrigues possuía
uma casa
Chegados em boa hora, lá conseguimos
20 lugares, em mesa corrida ao centro da sala.
Deliciosos perceves fresquinhos para
entrada, com o inigualável sabor a mar, para mim o rei do marisco,
feijoada de marisco e massa de tamboril foram os pratos escolhidos.
Estranhei não ver o marido da Dª
Alzira, a cozinheira que sabe como ninguém o que fazer com as
panelas, à entrada a anotar a lista de espera. Perguntei a uma
funcionária se tinham mudado a gerência, disse-me que sim, tinha
sido assumida pela funcionária mais antiga da casa.
A verdade é que a qualidade estava lá
sem o mínimo reparo, a quantidade sempre a fazer justiça ao apregoado que a dose para dois chega sempre para três pessoas, exceção feita aos alarves do meu calibre, e os preços sempre em devida conta, como de costume,
baixos.
Regresso a casa. Alguns evidenciavam a impaciência pelas compras de última hora, para o preparar do banquete para o jantar de fim de ano do dia seguinte.
Brejão, S. Teotónio, Estopeira, Mal
Lavado, Longueira, Vila Nova de Milfontes, Brunheiras, Ribeira da
Azenha, Porto Covo, S. Torpes, Santo André.
É absolutamente fantástico passear de
mota entre Porto Covo e S. Torpes a ver o mar com o sol a por-se e a
brilhar refletido sobre a água,
abrir a viseira do capacete, sentir o ar fresco e salgado, cheirar a
maresia intensa e real.
É tempo agora de com muita calma, começar a preparar toda a logística
para o grande passeio a Marrocos, agendado para a primeira quinzena
de Abril deste novo ano de 2013.
Bom
Ano, Vida Nova
Boas
Curvas
Zé
Morgas
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