Tal como suspeitava, o Madeiro, mais uma vez, era brutal em tamanho. Muitas foram as vezes que ouvi da boca do povo, em Penamacor, nos dias que aí passei na quadra Natalícia: “É um exagero”.
Quanta verdade. E que triste verdade.
Interroguei algumas pessoas sobre qual a quantidade de lenha ali depositada no largo do alto da praça. Seguramente mais de 100 (cem) toneladas, ouvi.
Que desperdício. Mas, mais grave é ainda todo o aparato do acendimento do madeiro.
Interroguei algumas pessoas sobre qual a quantidade de lenha ali depositada no largo do alto da praça. Seguramente mais de 100 (cem) toneladas, ouvi.
Que desperdício. Mas, mais grave é ainda todo o aparato do acendimento do madeiro.
Sr. Presidente
É o piroso exacerbado no seu melhor.
Por momentos ainda pensei se não seria um simulacro realizado pelos Bombeiros Voluntários de Penamacor, com excessivo realismo. Contei três viaturas dos bombeiros, não em vigia, mas em actuação permanente a controlarem o acendimento / queima do madeiro.
Por momentos ainda pensei se não seria um simulacro realizado pelos Bombeiros Voluntários de Penamacor, com excessivo realismo. Contei três viaturas dos bombeiros, não em vigia, mas em actuação permanente a controlarem o acendimento / queima do madeiro.
O combustível gasto, o CO2 libertado.
E quem tudo paga?
Nós todos, e o planeta, desnecessariamente.
E quem tudo paga?
Nós todos, e o planeta, desnecessariamente.
Comete-se um exagero e repara-se com outro.
O núcleo do madeiro, com toda aquela lenha seca, era perigo real com o potencial energético nele contido. O vidro da montra do café “Flor do Adro” partiu. As ondas de calor propagaram-se e fizeram-se sentir, a água pulverizada lançada pelos bombeiros, fria, também lá chegou.
A permuta térmica cumpriu o seu dever.
O núcleo do madeiro, com toda aquela lenha seca, era perigo real com o potencial energético nele contido. O vidro da montra do café “Flor do Adro” partiu. As ondas de calor propagaram-se e fizeram-se sentir, a água pulverizada lançada pelos bombeiros, fria, também lá chegou.
A permuta térmica cumpriu o seu dever.
Quem ressarcia o valor do vidro partido da montra?
Vi os vitrais da igreja “protegidos”. Com algum cepticismo, interrogo-me se a medida foi eficaz.
Veremos.
Igualmente vi na manhã de dia 24, como a brutal pilha de lenha quase tinha desaparecido. Sobravam as toradas mais grossas, que delimitavam a cratera interior do núcleo do madeiro.
Depois da Missa do Galo, a ausência de pessoas era notória.
Que saudade dos tempos idos de antigamente, onde o convívio e a animação, música, cantos, comes e bebes, era uma constante noite fora, até ao nascer do dia.
O já “pouco” e desarrumado madeiro, quase apagado, apenas fumegante, assim continuava no dia 26.
Onde andaram os mancebos do ano?
No meu ano, o ano dos Duros de 61, Madeiro de 81, ardeu lentamente, sempre arrumadinho, sempre aceso, até ao Dia dos Reis.
Patrocina a Câmara todo o festival televisivo da cobertura do acendimento, por segurança deveria ter providenciado os meios necessários para arrumar os “restos” do Madeiro logo pela manhã, e evitar aquele degradante espectáculo de toradas desalinhadas, farruscas de fumo.
Veremos.
Igualmente vi na manhã de dia 24, como a brutal pilha de lenha quase tinha desaparecido. Sobravam as toradas mais grossas, que delimitavam a cratera interior do núcleo do madeiro.
Depois da Missa do Galo, a ausência de pessoas era notória.
Que saudade dos tempos idos de antigamente, onde o convívio e a animação, música, cantos, comes e bebes, era uma constante noite fora, até ao nascer do dia.
O já “pouco” e desarrumado madeiro, quase apagado, apenas fumegante, assim continuava no dia 26.
Onde andaram os mancebos do ano?
No meu ano, o ano dos Duros de 61, Madeiro de 81, ardeu lentamente, sempre arrumadinho, sempre aceso, até ao Dia dos Reis.
Patrocina a Câmara todo o festival televisivo da cobertura do acendimento, por segurança deveria ter providenciado os meios necessários para arrumar os “restos” do Madeiro logo pela manhã, e evitar aquele degradante espectáculo de toradas desalinhadas, farruscas de fumo.
Sr. Presidente
Para que tal deprimente espectáculo não se repita mais, urge criar a:
“CONFRARIA DO MADEIRO DE PENAMACOR”.
“CONFRARIA DO MADEIRO DE PENAMACOR”.
Perpetuar-se-á a tradição, na excelência do seu melhor.
Deixei-lhe algumas sugestões em anterior Carta Aberta, que poderão passar, a uma das actividades da futura Confraria.
Deixo-lhe igualmente expressa, a minha disponibilidade, assim o deseje, para ajudar na fundação da “Confraria do Madeiro de Penamacor”, e deixo-lhe acima de tudo, a todas e todos, as / os naturais e residentes do concelho de Penamacor, os votos sinceros de Boas Entradas em 2010.
Deixo-lhe igualmente expressa, a minha disponibilidade, assim o deseje, para ajudar na fundação da “Confraria do Madeiro de Penamacor”, e deixo-lhe acima de tudo, a todas e todos, as / os naturais e residentes do concelho de Penamacor, os votos sinceros de Boas Entradas em 2010.
Com os melhores cumprimentos
Zé Morgas
Meu Caro Zé,
ResponderEliminarSempre TU, no teu melhor: corajoso, inteligente,interventor, incapaz de "deixar a caravana passar" e de te conformares com o "deixa arder"... Não só criticas como constróis, com sugestões exiquíveis, sensatas, equilibradas. Queres que a festa seja Festa e não um pesadelo. Por acaso, escrevi algo de semelhante num outro "sítio" que, por censura - admito que pode ter sido a minha azelhice na utilização - ou preconceito não pode ver a luz do dia. Por isso, tenho de subscrever as tuas palavras. Há muitas outras maneira de dar a conhecer o nosso Concelho. E não é preciso fazê-lo de uma tão descabida forma de agredir a Natureza. Um despedício sem nexo. Penso que sem honra nem proveito para ninguém.
Quatro anos depois... tudo na mesma, Zé?!
ResponderEliminarComo se pode ver o ex-presidente fazia sempre orelhas moucas a bons conselhos. Esperemos que o novo não seja assim.
ResponderEliminarAbraço e Bom Ano Novo e vamos com a Confraria para a frente. Quando as Instituições não funcionam deve funcionar a cidadania activa.