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domingo, 24 de agosto de 2014

Carta Aberta aos Antigos Alunos do colégio de Medelim


Carta aberta aos antigos alunos do colégio de Medelim

Fui incumbido no passado dia 16 de Agosto, em Monsanto, de organizar em 2015, o VIII encontro dos antigos alunos do Externato de Nossa Senhora do Incenso.
Será em Benquerença, disso dei conhecimento em Carta Aberta a todos os participantes.
Recebi no meu e-mail uma sugestão da São Mendes, depois da realização do VII encontro dos antigos alunos do ENSI.
"Mais ainda gostava se fosse possível que unissem os dois colégios Medelim e Penamacor só assim fará sentido , uma vez que era pertença dos mesmos donos"
Respondi via facebook que:
Era minha ideia faze-lo.
Nunca esqueci que o primeiro magusto em que participei organizado pelo ENSI, em 1971, se realizou em Medelim.
Sei que já houve alguns encontros de antigos alunos do colégio de Medelim, existe mesmo um blogue, onde publicam memórias...http://colegiodemedelim.blogspot.pt/
Deixo o desafio ao Prof. António Serrano e à Professora Trindade Antunes:
Por e-mail. pelo Face, pelo blogue, mobilizarem quem conhecem a juntar-se no próximo ano para um convívio conjunto em Benquerença.
Aguardo noticias
As notícias chegaram.
Transcrevo dois comentários que recebi e me merecem destaque:
"Não queria entrar nesta pretensão até por que só frequentei o ENSI durante um semestre mas a verdade exige que se ponham os pontos nos ii. A São Mendes está a incorrer num erro histórico que a leva a propor um convívio conjunto dos dois colégios, com base na premissa de que os donos eram os mesmos. Por uma questão de rigor devem todos os alunos e alguns professores ficar cientes de que o ENSI nasceu em 1956 -... se não me engano - e iniciou a sua função numa casa no Largo do Sumagral, sob propriedade e direcção do Revº Padre Baptista, capelão militar e ex-vereador municipal. Este proprietário do ENSI, que por exigência do Ministério da Educação, mandou construir o Edifício agora existente num terreno adquirido à Câmara Municipal, desanexado do Legado de D. Bárbara Tavares da Silva, foi o Revº Padre Baptista. Este edifício foi inaugurado em 1960, transitando para ele os alunos que já andavam no 3º e 4º ano do Liceu, à época, vindos do tal Edifício do Sumagral. Quase em simultâneo abriu um colégio na Aldeia do Bispo com o patrocínio do Revº Padre José Pedro. O Ministério da Educação entendeu que não era plausível a existência de dois colégios privados, no mesmo concelho, e decidiu, depois de uma história rocambolesca que não vem ao caso, mandar fechar o colégio de Aldeia do Bispo. Mas o Revº Padre José Pedro não era homem para desistir e deslocou a sede do colégio para Medelim conseguindo até recrutar alguns alunos que até aí frequentavam o ENSI de Penamacor. Portanto temos aqui dois colégios diferentes e que nunca se fundiram até ao pós 25 de Abril e aos chamados contratos de associação. Esta situação não se verificava antes do 25 de Abril e os colégios viviam, apenas, das mensalidades dos alunos e de muito boa vontade de vários Professores que exerciam outras profissões no concelho. Esclarecido este assunto termino dizendo: - não vejo nenhum inconveniente em fazer apenas um convívio, até porque os ex-alunos eram, na sua maioria, naturais do concelho de Penamacor. Mas esquecer uma quantidade significativa de alunos do ENSI, anteriores aos actuais donos dos dois colégios, não é só uma aberração mas é uma profunda desconsideração para com essas pessoas e, pior, um desrespeito pela História".
Professor José Rainho Caldeira começo por lhe agradecer a clareza no esclarecimento da história da fundação dos citados colégios.
Pessoalmente conheci-a, conheço os edifícios em Penamacor e em Aldeia do Bispo onde funcionaram os 1ª colégios.... Em Medelim participei em 71 num Magusto, organizado sob a direção do Engº António Ressureição.
Ninguém têm dúvidas que a fundação do ENSI foi em 1956 e foi extinto em 2001. Isso foi dito no VI encontro realizado em Penamacor.
Passando à história dos atuais encontros.
Tudo começou com uma conversa entre mim e o António Cabanas. Desafiou-me a descobrir o pessoal finalista de 77/78 para realizar-mos uma jantarada. Falei pessoalmente com o Tenente Ribeiro, recebeu-me em sua casa, autorizou-me a pedir à Manuela Martins que me desse cópia das pautas para compilar todos os nomes. Andaram por aqui na net. Descobriram-se muitos contactos, foi crucial a ajuda do Pombo Rebelo.
Foi no dia em que estive na casa do Tenente Ribeiro que que fui almoçar ao recente inaugurado restaurante "O Quartel". Foi no quartel que escrevi uma carta ao Cabanas a prometer-lhe que tudo faria para descobrir todo o pessoal de 77/78 no regresso de uma viagem que tinha marcada para daí a dias até Mérida.
Numa almoçarada em Penamacor lá para os lados da Cardoza, dei a carta a ler ao Anselmo Cunha e ao irmão Vitor. São os dois os contribuidores/autores de um blogue de excelência:
http://basagueda.blogspot.pt/
No que eu me fui meter. Não mais o Anselmo me largou até eu lhe prometer que criaria um blogue e publicaria o referido texto "Crime no Quartel" e uma carta aberta que tinha alinhavada na cabeça para dirigir ao presidente da C.M. Penamacor de então.
Assim nasceu o blogue do Zé Morgas em Abril de 2009:
http://www.zmorgas.blogspot.pt/
Para localizar o Rui Pinto, um dos alunos finalistas de 77/78 falei com o irmão João António.
Na esplanada do café Central nasceu o embrião de um convívio mais alargado, com todos os antigos alunos.
O João António deitou mãos à obra com a ajuda da Dª Manuela Lourenço.
Andava eu de Moto pelos Pirinéus quando recebi uma mensagem no telemóvel do João António a informar-me da data e local do 1ª encontro dos antigos alunos do colégio:
3 de Julho de 2010 no parque de campismo do freixial, ribeira da baságueda, Penamacor:
http://zmorgas.blogspot.pt/2010/07/1-convivio-aaensi.html
Professor Caldeira a quase totalidade das presenças no referido convívio eram todos alunos e alunas que tinham passado pelo edifício do largo do Sumagral, antigas colegas e colegas que a Dª Manuela Lourenço tinha o contacto anotado numa velhíssima sebenta digna de museu.
Não há desconsideração por ninguém, não houve sim, ainda o reconhecimento do trabalho tido em prol dos atuais convívios, dado pelo João António e pela Dª Manuela Lourenço. Será feita justiça.
Termino professor Caldeira com um pedido:
Que me permita partilhar a história da fundação dos colégios, porque acredito que muitos dos últimos jovens que passaram pelo ENSI não a conhecem
Abraço Amigo
 
Eu sou daqueles do ENSI que ainda andaram no Sumagral... ... ... O colégio na Aldeia do Bispo foi uma "aberração" por parte do Padre Pedro! ... De tal maneira que a aberração chegou a envolver o Bispo da Guarda que lhe fez algumas "admoestações", pois "a situação" era agravada por se ter colocado em "franca e agressiva concorrência" com outro sacerdote (Padre Baptista), o que não abonava nada em relação à Igreja e à Paz que sempre deve existir entre os seus membros..... PAX-VOBIS .... Mas não podemos apagar os factos históricos e "as rivalidades" que se criaram na época! ... Claro que "os do meu tempo" já são relativamente poucos mas sempre vamos aparecendo e efectivamente somos verdadeiramente e apenas "ANTIGOS ALUNOS DO ENSI" e com muita honra, como podem ver pelos documentos que ainda guardo e postei aqui no grupo, mesmo passados que são 5 dezenas de anos! ... Efectivamente são DOIS colégios, mesmo que tenham acabado por vir a pertencer às mesmas pessoas ... Para mim os Encontros em que tenho participado são de ANTIGOS ALUNOS DO ENSI. ... Mas certamente que o bom senso irá imperar e se chegará a um consenso entre as duas posições... Será que os dois colégios não podem celebrar em conjunto (conforme texto acima) e aparecerem os ANTIGOS ALUNOS dos dois? ... ... ... PS: será por "isto" que eu não tenho visto aparecerem algumas caras amigas de ANTIGOS ALUNOS do ENSI, nos encontros anteriores ??!!
Golfinho Azul.
É disto que eu gosto, destes construtivos comentários que me trazem conhecimento dos factos passados.
Começaram os encontros como "Encontro dos Alunos do Colégio" e nem dizia qual colégio.
Passou a denominação a " Encontro dos Antigos Alunos do ENSI" e no VI foi alargado a professores e funcionários.
Eu, eu, Zé Morgas tive no colégio professores que foram alunos do colégio de Medelim, nomeadamente a Professora Trindade Antunes, minha professora de história no 1 ano no ENSI em 1971, conhecida por ser simplesmente a mais brilhante aluna do colégio de Medelim.
(Alguns dos meus professores na escola primária também foram alunos do colégio de Medelim).
Ao vê-la nos encontros, porquê vê-la só como professora do ENSI, e não como aluna do colégio de Medelim?
Todos já somos poucos e cada vez seremos menos. Há que juntar sinergias.
Quer se queira quer não, há um elo de ligação bastante forte entre os dois colégios.
Muitos dos meus companheiros e companheiras finalistas em 77/78 concluíram o ensino preparatório e o liceal em Medelim. Foram meus colegas apenas no 1 e 2 anos complementares.
Passaram em verdade mais tempo em Medelim que em Penamacor.
Tal como uma Mãe, não gosta mais de um filho só porque um nasceu no litoral e o outro na raia.
Todos, muito do que somos hoje, o devemos ao que aprendemos nesses colégios.
O nosso tempo é contado, mas cada dia bem vivido em felicidade torna-se um dia inesquecível para sempre.
Que ser feliz se torne a lei de todos ainda em vida.
Com a morte acaba-se a riqueza, o orgulho, a vaidade.
Garanto-vos que tudo farei para ser uma festa convívio de arromba.
Não haverá intempérie que me faça frente, porque acredito, que todos nós, juntos, mesmo que no inverno...só poderiamos ter festas com muito calor.
Deixo a certeza que para o ano passarei o testemunho a amigos de Medelim para que ali se realize novo convívio.
Fica o convite, estou à vossa inteira disposição para sugestões e inscrições.
 
Bem hajam
Zé Morgas

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Carta Aberta XXXVI - Sr. Presidente C.M.Penamacor

Sr. Presidente
Realizou-se no passado dia 16 mais um encontro convívio entre os Antigos Alunos do extinto Externato de Nossa Senhora do Incenso na aldeia mais portuguesa de Portugal, Monsanto.
Este foi o VII, e a escolha da localização geográfica para a realização do encontro foi “culpa” minha. Como prémio, sem direito a recusa, fui nomeado para a organização do próximo encontro em local à minha escolha.
Tentei demover quem me ordenou organizador, explicando-lhe a dificuldade que vou ter no próximo ano. Há muito que ando a planear uma viagem ao Cabo Norte em Moto. Doze mil quilómetros para palmilhar em vinte e um dias nos meses de Julho ou Agosto do próximo ano. A data final será ditada pelos horários dos paquetes, quero fazer um mini cruzeiro por águas dos fiordes da Escandinávia.
Sem conseguir sensibilizar a organizadora para o grave problema que me coloca, aceitei contudo.
Não fujo a desafios e prezo-me de honrar os meus compromissos. Saberei coordenar tudo.
Regrando-me pelo mesmo principio que dita a escolha dos locais de tertúlia do Grupo “Do Mar à Raia”, um encontro a sul de Penamacor outro a norte, como este convívio foi a sul, decidi para local de encontro do próximo ano, a freguesia de Benquerença.
Não nego que na escolha do local não tivesse pesado o facto de, sentado ao meu lado na mesa do repasto estar um natural de Benquerença, a exercer o cargo de Presidente da junta de freguesia de Penamacor.
Refiro-me ao Presidente Gil
Mais, é sabida a sua paixão pela caça, cada qual têm a sua, e a grande experiência na organização de faustosos banquetes no clube de caça e pesca, o que lhe confere um valiosíssimo know-how que o comensais dos convívios jamais poderão desperdiçar.
Sr Presidente
Sei que foi durante muitos anos elemento preponderante da Junta de freguesia de Benquerença.
Quem melhor que o Senhor para ciceronear o grupo dos antigos alunos numa visita ao que de mais notável têm a terra que o viu nascer?
Quase arriscaria dizer que haverá nos antigos alunos, quem ainda nunca tenha visitado a Benquerença.
Falando do luxo de um cicerone.
Tive uma entrada VIP em Monsanto por caminho mais parecido com um carreirinho, a partir das Relvas que desconhecia em absoluto, com privilegiada vista sobre a campina e a barragem:
O Caminho de Santiago.
Foi já na casa do cicerone e nas magnificas instalações em que nos recebeu, que novo abuso começou. O vinho têm lá coisas, desenferruja a memória, leva à saudade, solta as lágrimas e é sabido que as lágrimas da saudade são as mais bonitas, pois elas nascem dos risos que já foram, dos sonhos que não acabam, e das lembranças que jamais se apagam.
Na presença de alguém, com lembranças de menino, as lágrimas estiveram à porta...
Sr. Presidente
Preciso de ajuda. Formar uma comissão organizadora. Só um é pouco
Assim, desta forma, convido Vª Exª e o Sr. Presidente da Junta de Freguesia, a aceitar, sem recusa, presença na comissão organizadora do próximo convívio dos Antigos Alunos do Externato de Nossa Senhora do Incenso.
Fica a certeza que na minha próxima deslocação a Penamacor falaremos pessoalmente.
Deixo também duas sugestões para análise:
Sou um adepto confesso dos espaços abertos, “open space”.
Não será a praia fluvial do Moinhos um bom local?
Até têm espaço para colocar um grelhador com espeto para grelhar uns porquitos, e uns pipos de vinho de verdadeira uva, tinto e branco, que são uma delícia ao palato.
Haverá quem não goste, por certo. É sempre difícil agradar a gregos e a troianos, e, organizações amadoras estão sempre mais vulneráveis a falhas e sujeitas a algum abuso no serviço prestado e na qualidade servida a que são totalmente alheias. Valorizo mais o convívio e gosto mais de me sentir o gajo mais feliz do mundo, mesmo que com pouco.
Quanto ao gajo mais feliz do mundo permitam-me aqui uma transcrição de um texto retirado de um blogue, de Pedro Chagas Freitas:
O segredo para ter mais não é ter mais; é precisar de menos.
E saboreá-lo ainda mais. O gajo mais feliz do mundo não é, nunca é, o gajo que tem mais coisas do mundo. O gajo mais feliz do mundo é, é sempre, o gajo que precisa de menos coisas do mundo. O gajo que faz de um prato de sopa um banquete, o gajo que faz de um T1 um palácio, de uma cama que geme o mais faustoso dos leitos de prazer. O gajo mais feliz do mundo é o gajo menos precisado do mundo. O gajo que não precisa de mais do que aquilo que tem para ter tudo aquilo que quer ter. O segredo para a felicidade é não ter segredo nenhum. O segredo para a felicidade é valorizar a preço de ouro o que se tem e valorizar a preço de merda aquilo que não se tem. E é mesmo assim: o que tens é ouro e o que não tens é merda. E é só o facto de tu quereres o que não tens que eleva o valor do que não tens a um valor, por vezes, ainda mais elevado do que aquilo que tens. Aprende de uma vez por todas: nasceste com tudo aquilo de que precisas. Então aproveita-o. Aproveita-o em pleno. Aproveita-te em pleno. É claro que podes, e deves, querer mais. Querer mais não é errado, nem sequer é deprimente. Querer mais é fixe. É querer mais que faz o mundo andar. Quer mais. Quer todos os dias mais. Mas nunca te deixes ser menos só porque queres mais. Nunca te contentes com o que tens; mas, mais ainda, nunca fiques descontente com o que não tens. O que tens tem de nunca te deixar contentado. Mas tem, ainda assim, de te deixar contente”.
Quanto à data será decidida depois de ouvir muitas opiniões, mas tudo sugere que se mantenha.
Particularmente e excluindo a situação do próximo ano, a data usada têm sido coincidente com a realização da concentração mototuristica de Góis. Falhei as duas.
Só eu sei a mágoa que me cria.
Não me perguntem porque ando de Moto e porque gosto tanto, não o sei explicar.
Para os que me compreendem nenhuma explicação é necessária.
Para os que não me compreendem nenhuma explicação é possível.
Sei que não posso ir a todas, vou ás que posso e onde me sinto bem.
Breve começarei a enviar informação, possível data e local em Benquerença, sei que andam por aí sensibilidades feridas, mas é altura de pensar que, e todos o sabem, eu cedo descobri que absolutamente nada é definitivo na vida, cedo compreendi a inutilidade do orgulho, a tolice das disputas, a estupidez da ganância e a incoerência das tolas mágoas...
Tudo faremos para juntar o maior número de pessoas em Benquerença, agradar a todas e todos com a mesma alegria e prazer.
Há que aproveitar o lado epicurista da vida, uma pequena rendição aos deleites e à satisfação dos sentidos.
Termino com os votos sinceros de parabéns e um Bem Haja às organizadoras:
São Mendes e Teresa Dionísio.
Zé Morgas